A organização
não governamental Transparência Internacional (Tranparency
Internacional) divulgou nesta quarta-feira (05) o estudo Percepções da
Corrupção Index 2012, no qual analisa a situação em 176 países. O Brasil
aparece em 69ª posição no ranking. Na América Latina, o país fica atrás
apenas do Chile e do Uruguai, que estão na 20ª posição. Compartilham o
topo da lista, com menos casos de corrupção, a Dinamarca, a Finlândia e a
Nova Zelândia. As piores posições no ranking da ONG são ocupadas pelo
Afeganistão, pela Coreia do Norte e pela Somália. Nas Américas e no
Caribe, as posições mais negativas são as do Haiti, em 165º lugar, e do
Paraguai, em 150º.
No ranking de
2012, a nota do Brasil atribuída pela ONG foi de 43 numa escala que vai
de zero a 100, menos da metade dos 90 pontos de Dinamarca, Finlândia e
Nova Zelândia. Em 2011, quando o Brasil aparecia em 73º no mesmo
ranking, a nota foi de 3,8 (numa escala de zero a dez).
Em nota, a
Transparência Internacional diz que os níveis de corrupção no mundo
ainda são elevados, assim como casos de “abuso de poder e relações
sigilosas”. Para a organização, é necessário intensificar as ações em
busca da transparência de dados e informações referentes aos órgãos
públicos e sua atuação.
A presidenta da
Transparency Internacional, Huguette Labelle, defendeu a integração de
ações governamentais em busca do combate à corrupção além da concessão
de mais espaço para a sociedade participar dos debates. Segundo ela, é
fundamental estabelecer regras para o lobby e o financiamento para
campanhas políticas, além da definição de normas transparentes para a
contratação de serviços públicos.
Labelle disse
ainda que a intenção do estudo é incentivar os governos a tomar uma
decisão “mais dura contra o abuso de poder”. De acordo com ela, os casos
considerados mais graves estão no Oriente Médio e na África, pois, em
geral, os números indicam que houve uma estagnação e até retrocesso em
algumas situações.
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